Se a espirituosidade humana é a castanha, nós somos o caju



"se a espirituosidade humana é a castanha, nós somos o caju". tudo começou quando li esta frase em uma caixa de sucos del valle, há muitos anos. esses dias alguém me pediu um exemplo de superação e respondi: "tinha uma época em que eu me sentia rejeitado quando alguém desconectava no icq, msn, google talk. hoje não, superei". claro que fui desonesto, mas causou um certo efeito, e esse negócio de causar efeito desde então rompe a represa de bobagens que se acumulam na minha cabeça, enquanto não causo efeito algum. tudo começou lá atrás, com a caixa de sucos del valle. na prática, começo a infiltrar frases sem pé nem cabeça e levemente cifradas nas conversas, tentando provocar rodopios mentais que identifico através de revirar de olhos ou franzir de queixos. tenho comentários engatilhados para todos os assuntos, de direito ("na polinésia é proibido entrar com esquilos nos cinemas") a culinária ("o rosbife foi inventado na idade média, porém era feito de raízes"), de zoologia ("tigres só comem frutas aos sábados") a história ("átila não tinha uma das axilas"). hoje, por exemplo, comentei casualmente: "sou contra sinônimos. acho um desperdício". durante um segundo vi queixos enrugados; em seguida mudaram de assunto. ah, se eu pudesse engarrafar olhares. de: http://flipper.tipos.com.br

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